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21 de novembro de 2009

Um projecto para o futuro de Portugal

Temos assistido nos últimos tempos a uma discussão intensa no espaço mediático e, revestindo-se de outras formas, também, no espaço e opinião públicas sobre o futuro do nosso país.

Défice, Dívida, Desemprego... os D's da situação complicada que temos de gerir... são as palavras que mais se ouvem associada a esta discussão! E, consequentemente, a discussão sebastianista dos projectos de futuro para Portugal. Há até quem seja mais drástico, como o Prof. Medina Carreira e seus acólitos que prevêm e demonstram factualmente quão impossível será o futuro do nosso país... sobre esses dados em gráficos, figuras e quadros vários não se discute a manipulação estatística, mesmo que todos eles só mostrem 'planos inclinados'...

Eu não acho que o nosso país não tenha futuro! Nem acho que todas as pessoas devam sair (ou tenham de sair) para o estrangeiro em busca de soluções melhores ou mais bem pagas. Tenho sempre dedicado o melhor do meu esforço profissional e do meu saber (limitado, concerteza) ao meu país e às várias organizações onde tenho trabalhado, independentemente de vínculos, condições contratuais ou até recompensas monetárias, mas admito que poderia ter feito um percurso diferente, com maiores recompensas materiais se tivesse optado por outros contextos ou por outros desafios... será assim certamente com todos os que se dedicam às causas públicas, sociais ou científicas.
Mas, tenho um orgulho enorme desta minha dedicação e por isso penso que também posso opinar sobre o futuro do meu país.E também tenho um projecto para o futuro de Portugal!

Num recente artigo da revista Time, identifcavam-se as principais tendências de desenvolvimento das sociedades, e por consequência, dos sectores de actividade ou dinâmicas de desenvolvimento económico. São três as principais tendências: diversificação, globalização e sustentabilidade (get diversified, globalized and greener).
É neste contexto e para este horizonte que temos de dirigir os nossos esforços de desenvolvimento colectivo, seja a nível social, económico ou cultural, ou com combinações criativas entre estas três dimensões.
Ora, Portugal pode e deve dar exemplo em vários domínios, e os nossos empresários deveriam sabê-lo melhor que ninguém.

Voltemos às três tendências:
Diversificar - é dar lugar ao que é diferente, é valorizar o que é único, é assumir o valor da originalidade!
Globalizar - é abrirmo-nos aos outros e transferir conhecimento para os outros, é considerar o mundo inteiro e não apenas o limite do espaço físico que conhecemos, é ter horizontes globais, amplos, abrangentes!
Sustentar - é fazer poupança, é reciclar, é gastar menos e melhor, é valorizar o que naturalmente nos rodeia!

Arrisco dizer que isto é o que sabemos fazer melhor, embora, saibamos fazer melhor mais uns do que outros aspectos aqui elencados, mas deixo algumas pistas...

Há algum país do mundo que tem o Douro, Sintra, a paisagem alentejana, as praias algarvias, os vinhos verde, tinto, branco e moscatel, as 1001 formas de confeccionar culinariamente o bacalhau, a amêndoa e a oliveira transmontana e alentejana, as cerejas beirãs, a universidade de Coimbra, as serras e os passeios pedestres, a costa ocidental (a Sul e a Norte), o património cultural e histórico dos Descobrimentos e dos sécs. XV e XVI, as quintas, os solares, as casas rústicas, os castelos, os fortes, os faróis, os rios, as rias, o Tejo e a foz do Douro a terminarem as duas grandes cidades do país no infinito do oceano atlântico, o vinho do Porto e da Madeira, dois arquipélagos naturalmente riquíssimos como regiões autónomas, a biotecnologia, a excelência científica, etc., etc., etc....

E pessoas, com seus conhecimentos e  feitos, das quais não falarei nominalmente, mas que se têm destacado nas mais variadas áreas: Literatura, Design, Moda, Ciência, Política, Direitos Humanos, Tecnologia, Educação, Desporto...

Se pensarmos na nossa densidade criativa ela é imensa e de muito valor e por isso teremos de apostar mais no triângulo das três tendências, equilibrando os vértices, consoante as regiões, as qualificações das pessoas, o investimento a fazer. A distinção das empresas portuguesas e organismos privados é públicos faz-se em todas as áreas quando se tem em atenção estas três tendências. Juntemos organização, gestão e orientação para resultados de médio prazo e teremos futuro para Portugal. Este é o meu projecto!

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